Promotores de justiça sofrem ameaças de facções criminosas em MT; gabinete do MP atua preventivamente

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Procuradores e promotores de Justiça de Mato Grosso são alvos de constantes ameaça por parte de criminosos faccionados. O que mais chama atenção é que além de ameaçar diretamente contra a vida dos defensores das leis, os criminosos ainda insultam e apontam possíveis ataques contra familiares dos promotores.

Olhar Direto recebeu algumas informações de que as abordagens estão cada vez mais abertas. “O que eram ameaças veladas, hoje em dia são diretas”, disse uma fonte que preferiu não se identificar. Por conta disso o Gabinete de Segurança Institucional (GSI-MP) está trabalhando em formas de prevenção para evitar que as ameaças sejam concretizadas.

Atualmente, vários promotores vivem uma rotina de tensão, principalmente por atuar em cidades do interior de Mato Grosso. Alguns trabalham e transitam com segurança ao lado. O procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, Deosdete Cruz, confirmou que as ameaças são constantes.

“Nosso GSI é ativado toda vez que temos situação concreta ou de ameaça. Sabemos que a profissão do promotor de Justiça é uma profissão de risco principalmente por que nós é que processamos facções criminosas e outros criminosos e isso, com certeza, gera risco. Mas temos uma equipe que atua na prevenção e para não deixar nenhum colega nosso em evidência vamos preservar os nossos. Mas, ressalto que as ameaças são constantes”, disse o chefe do Ministério Público de Mato Grosso.

Na visão de Deosdete, prevenção ao ataque é o principal passo da segurança institucional. Atualmente sob o comando do coronel Paulo César da Silva, o GSI do MPMT é formado por policiais militares que atuam diretamente com os promotores e em algunas situações fazem a segurança 24h até da família dos profissionais.

Um dos casos que a prevenção agiu antes da ação criminosa aconteceu com o promotor Mauro Zaque, que já foi secretário de Segurança Pública e hoje atua no Núcleo de Defesa do Patrimônio Público.

Na época da Grampolândia, Mauro Zaque foi o denunciante e precisou ser escoltado diariamente juntamente com sua família por conta das inúmeras ameaças. Nada aconteceu nem com ele ou família. Mas, o caso ganhou páginas de jornais inclusive a nível nacional.

Recentemente, o governador adotou um discurso de falar sobre as leis penais não tão rígidas contra o crime organizado. No mesmo enredo ele diz que o bandido não tem mais medo do Estado e a fala do governador é também endossada pelo chefe do MPMT.

Liberdade FM/Olhar Direto